quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

#3 Para Roma com Amor



Título oficial: To Rome With Love @ 2012
Realizador: Woody Allen
Actores principais: Alec Baldwin, Woody Allen, Penelope Cruz, Ellen Page, Roberto Benigni, Jesse Eisenberg
Classificação IMDb: 6,4
Minha classificação: 6

Sinopse: As vidas de alguns turistas e residentes em Roma e os seus romances, aventuras e peripécias.





Opinião: Nunca fui grande fã de Woody Allen. O meu filme favorito dele nunca foi ultrapassado: Match Point. A aura do Jonathan Rhys-Meyers conquistou-me esse apreço. Também gostei do Cassandra’s Dream, mas uma vez mais pode dever-se ao Colin Farrell. Onde andou a Scarlett Johansson nesta produção? Não que eu sinta falta dela neste filme (ou em algum filme) mas estranhei, havia ali um ou outro papel que podiam ter-lhe pertencido.
O Roberto Benigni (A Vida é Bela) está óptimo como sempre, bem como todos os autores romanos, que conferiram alguma autenticidade ao filme. Foi para mim um regalo observá-los, ouvi-los, ver como se vestem, o que comem, como se exprimem e barafustam.
Estarei em Roma em Junho e foi por Roma que procurei no filme. Vi-a e ela brilhou muito mais do que qualquer foco da história, isto porque, por ex., no Vicky Christina Barcelona nem tão pouco me recordo de Barcelona. A cidade não foi uma personagem. Paris foi uma personagem no Midnight in Paris. Neste último filme – talvez porque a minha atenção se centrou aí – mas a cidade foi a grande protagonista. Roma e os romanos. Todos os outros são dispensáveis.
Há uma espécie de grilo falante – o Alec Baldwin – aos ouvidos do Jesse Eisenberg (A Rede Social). A Ellen Page (Juno) surge num papel detestável. Não que não conheça sex animals que se excitem principalmente com enrolarem-se com os namorados das amigas, mas acho que já a vi demasiadas vezes com o mesmo tipo de actuação. Tive pena que ela estivesse tão monótona quando tem tanto potencial.
A Penelope Cruz enche a tela quando sorri, mas já a vi igual noutros tantos filmes com esta mesma caracterização (para não dizer papel). No Nine, por exemplo. É um figurão, contudo.
O Woody Allen fez de velho preconceituoso e inconveniente, embora com algumas certeiras que me fizeram sorrir. Para mim a cena mais marcante será aquela em que Fabio Armiliato canta ópera perante uns quantos senhores da indústria musical. Não fosse a minha adorada Nessun Dorma (G. Puccini, Turandot) ainda faz uma cara inesquecível…
Foi um filme leve – demasiado leve para Woody Allen, superficial, pointless.
Em suma, nada do filme perdurará por muito tempo na minha memória tão sobrecarregada excepto, talvez… Roma

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