domingo, 24 de fevereiro de 2013

1809 - I


Notas e documentos para o 1809:

Decreto do Conselho de Guerra de 11 de Dezembro de 1808

“Sendo a defeza da Patria o primeiro dever que a honra, a razão, e a mesma natureza impõe a todos os homens quando huma Nação barbara, desprezando os direitos mais sagrados que no mundo se conhecem, intenta reduzillos á escravidão, roubando as suas propriedades, destruindo a sua religião, violando os seus templos, e cometendo as maiores atrocidades (…) sem que tenham os seus habitantes outro algum meio de evitar os horrores a que se vem expostos (…) sou servido determinar, que toda a Nação Portuguesa se arme pelo modo que a cada hum for possível: que todos os homens, sem excepção de pessoa, ou classe, tenhão huma espingarda, ou pique com ponta de ferro de doze a treze palmos de comprido, e todas as mais armas que as suas possibilidades permitirem. Que todas as cidades, Villas e povoações consideráveis se fortifiquem tapando as entradas e ruas principais com dous, três e mais travezes, para que, reunindo-se aos seus habitantes todos os moradores dos Lugares, Aldêas, e Casaes vizinhos, se defendão alli vigorosamente quando o inimigo se apresente (...)”

E Soult acrescentaria mais tarde “Tive de me defrontar com uma nação inteira. Todos os habitantes, homens, mulheres, crianças, velhos e padres, estavam em armas, as aldeias abandonadas, os desfiladeiros emboscados. Fanáticos precipitavam-se contra as colunas francesas, onde encontravam a morte”

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