sábado, 12 de maio de 2012

»Primeira frase da obra II

Hoje estive na feira do livro com a minha editora, e a dado momentou falam-me da importância da primeira frase de um livro. Eu já tinha ouvido essa associação de ideias algures (inclusive fiz um post neste blogue), e decidi testar a qualidade das primeiras frases das minhas obras. Tudo porque a Dulce Maria Cardoso, com o seu "O Retorno", pareceu deixar todos KO com esta frase:

"Mas na metrópole há cerejas"


Decidi fazer um apanhado das primeiras frases dos meus projectos:



Demência
«Olímpia Vieira era, aos sessenta e três anos, um osso duro de roer.»

O Funeral da Nossa Mãe
«Decidiu que o faria ao nascer do dia.»

A Portuguesa
«Até aos trinta e dois anos nunca senti qualquer espécie de realização pessoal.»

1809
«D. João de Albuquerque apoiou a mão da sua única filha conforme esta subia para a berlinda.»

1755
«O novo espaço era amplo, solarengo e impossível de cingir com o olhar.»

Os Pássaros
«A casa era um lugar seguro.»


Surpreende-me ver que traduzem uma importância significativa (se não crucial) em relação ao curso de todos eles.

1 comentário:

  1. De facto, quando não folheio um livro que não conheço reparo sempre nas primeiras frases e são essas que têm de cativar(ou não!).

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