sábado, 31 de março de 2012

#8 STILWELL, Isabel - Catarina de Bragança

Sinopse: Com 23 anos a infanta Catarina de Bragança, filha de D. Luísa de Gusmão e de D. João IV, deixou para trás tudo o que lhe era querido e próximo para navegar rumo a uma vida nova. No coração um misto de tristeza e alegria. Saudade da sua Lisboa, de Vila Viçosa, do cheiro a laranjas, dos seus irmãos que já haviam partido deste mundo e dos que ficavam em Portugal a lutar pelo poder. Mas os seus olhos escuros deixavam perceber o entusiasmo pelo casamento com o homem dos seus sonhos, Charles de Inglaterra, um príncipe encantado que Catarina amava perdidamente ainda antes de conhecê-lo. Por ele sofreu num país do qual desconhecia a língua, os costumes e onde a sua religião era condenada. Assistiu às infidelidades do marido, ao nascimento dos seus filhos bastardos enquanto o seu ventre permanecia liso e seco, incapaz de gerar o tão desejado herdeiro. Catarina não foi capaz de cumprir o único objectivo que como mulher e rainha lhe era exigido. «Se ao menos não o amasse tanto!», pensava nas noites mais longas e tristes... Ao longo destas páginas apaixonamo-nos, sofremos, rimos e choramos.

Opinião: Diálogos afectados, ternura forçada, quase cliché, entre os irmãos Catarina, Pedro e Afonso. Há uma outra irmã também, cujo nome me esqueci entretanto. Aborrecido e pouco profundo, a meu ver. Vale-lhe a pesquisa histórica e o facto de, através dele, não me esquecer jamais da prole dos Bragança aquando da restauração da independência. simultaneamente, prefiro considerar que a rainha Catarina não era dada a achaques nem a demonstrações de força forçadas. Não consigo pôr os pés no Paço Ducal de Vila Viçosa sem me recordar deles, em parte graças às descrições do seu quotiano feitas por esta autora.

Classificação: 2**

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