sábado, 31 de março de 2012

#9 PEDROSA, Margarida - Só ao Bispo Me Confesso

Sinopse: Inês de Toledo, feiticeira e física da corte de D. João II, estava preparada para morrer na Praça do Giraldo, em Évora. O povo acotovelava-se para assistir ao sacrifício e na tribuna apenas falta o bispo. Quando este chega, Inês reconhece nele Miguel de Olivença, o homem que tinha amado toda a vida e que julgava morto nas galés. Por isso, para o poder ver de novo, pede como desejo para só a ele se confessar e a ele deixar a sua verdade.
Só ao Bispo me Confesso é um romance histórico envolvente, mágico e cativante. Com ele conhecemos detalhes sempre esquecidos da nossa história, desde a espionagem e a política de sigilo aos piratas e corsários, passando pelas ordens religiosas ou pelos sonhos de além-mar, elementos que surgem nas palavras de Inês de Toledo com um realismo enternecedor.


Opinião: O que posso dizer desta obra de Margarida Pedrosa? Comprei-a pela capa, pela seda reluzente do vestido da senhora. E porque sou apaixonada por história, e trata-se de um romance histórico. 
Ao lê-lo, confrontei-me com algumas curiosidades interessantes do país - lembro-me de se falar em mezinhas com plantas das colónias e de leprosos e das punições a crimes. Achei interessante o facto de a personagem principal se fingir ocasionalmente de homem. O romance em si não foi propriamente arrebatador... o final prima pela escolha do fado das personagens, mas não pelo modo como foi conseguido. 
Em suma, infelizmente, esta obra da Margarida Pedrosa é outro dos motivos pelos quais tenho sempre um pé atrás com a literatura portuguesa. Ela e o José Luís Peixoto conseguiram essa proeza.

Classificação: 2**

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